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Uma de nossas missões é munir a criança com as ferramentas necessárias para que ela se afirme como ser multicultural. Para tanto, é preciso conhecer as raízes para que ela possa construir sua individualidade a partir dessa pluralidade cultural.

Este blog pretende compartilhar artigos ligados a temas como bilinguismo,  ensino do português como língua de origem, educação, realização de atividades para praticar o português em casa, relatos de experiência…

Convidamos você a ler o nosso blog, mas também a participar, escrevendo um artigo sobre o tema da sua escolha!

Não deixe de nos enviar sua opinião e suas sugestões.

Janaina Sabino

Sou mineira (e falo "uai" e sô"!), trabalho com ensino há quase dez anos. Sou formada em Letras e em Linguística Computacional e já trabalhei com crianças e adultos de diversas idades e em diversos estabelecimentos (museu, escola particular, centros de ensino, institutos). 

O instituto é um lugar super bacana e acolhedor. Isso faz toda a diferença na hora de estudar uma língua estrangeira. Como a língua é um aspecto super relevante da cultura, a transmissão da língua de origem é o caminho para mergulhar no mar da lusofonia. Além disso, falar mais de uma língua sempre é um passo que possibilita viajar por tantos outros mundos sem mesmo sair da França, já que, aqui,  vivemos numa sociedade cosmopolita.

O mais legal da pedagogia do Instituto é a abertura que temos para sair um pouco da pedagogia tradicional e trazer às crianças o prazer de aprender sem ter que decorar regras! Muitas crianças (e adultos também!) acham os métodos tradicionais muito chatos! E disso já sabemos : o aprendizado é mais prazeroso sem decoreba! Minha experiência como professora de português no instituto me ensinou muita coisa : o papel do professor não é de alguém que existe para ditar as regras. O papel do professor é o de direcionar o conhecimento das crianças. Elas têm muito a nos ensinar e assim aprendemos todos conjuntamente!

Ana Pergola

Sou brasileira, professora primária e trabalho com ensino desde de 1988. Hoje trabalho como Educadora para a DFPE (Direction de Familles de la Petite Enfance) na Mairie de Paris e desde 2015 estou semeando na « a’b escolinha ».

O instituto é um cantinho do Brasil em Paris. Quando o conheci, eu me  apaixonei por este lugar, porque me trouxe a sensação de estar de volta ao Brasil. Aqui a gente tem guaraná, pão-de-queijo e outras especialidades brasileiras que fazem com que a gente viaje pra lá. E aprender uma língua num ambiente que nos dê a impressão de estar no país de origem torna a aprendizagem muito mais fácil e prático. O espaço que existe aqui é extremamente importante, não só para dar ênfase ao que essas crianças já fazem em casa, conversando com os pais na língua de origem, como também para transmitir um legado cultural importante a ser compartilhado com os pais e outros familiares que estejam aqui ou no Brasil.

Enquanto professora do instituto, eu adoro a liberdade que temos aqui  para escolher a maneira como trabalhar, sem deixar de lado, é claro, uma organização em harmonia com toda a equipe. O cultivo da liberdade de escolha no instituto, tanto para os professores, quanto para as crianças, cria um ambiente leve e promove o compartilhamento como um todo, o que nos enriquece bastante. O evento “portas abertas” é algo que aprecio bastante no Alter’Brasilis, porque as crianças podem circular por diferentes salas e entrar em contato com todos os professores. Da mesma forma, nós professores temos a oportunidade de interagir com todas as crianças que vêm ao Instituto e isso contribui para todos estabelecermos uma ligação e criarmos um ambiente como se fôssemos uma família.

Cheyenne Ribeiro

Sou brasileira, nasci no Rio de Janeiro e ensino português no Instituto Cultural Alter’Brasilis para adultos e crianças na “a’b escolinha”. Sou formada em Letras e Literaturas - portuguesa, brasileira e africana. Nesse momento estou desenvolvendo minha tese em análise do discurso e literatura comparada sobre a obra romanesca do escritor angolano - José Eduardo Agualusa. Na Universidade Paris 8 em cotutela com a USP no Brasil. Também dou aulas de português no Centro de línguas da Universidade Paris 8 e, paralelamente, trabalho no CNED (Centro Nacional de Ensino à Distância) com manuais oficiais de ensino da língua portuguesa para estudantes franceses de graduação.

Aprender português no instituto significa dar às crianças a oportunidade de entrar em contato com outras crianças que também estão aprendendo a língua de origem. Isso faz com que elas criem um laço, e, assim, desenvolvam um afeto pela língua. Aprender a língua de origem é crucial para que a criança consiga se inserir no universo do respectivo país e consiga verdadeiramente vivenciar o bilinguismo ao chegar na vida adulta. Tornar-se bilíngue desde criança é uma riqueza inestimável. O que eu mais gosto e procuro por em prática acerca da pedagogia do instituto é o uso da música nos rituais de iniciação das nossas atividades. Eu acho importante, principalmente para as crianças menores, saber que temos uma música pra entrar na sala, pra lanchar, pra terminar a aula… Depois de um tempo, eles mesmos já sabem o que fazer e interagem muito melhor entre si.

Como eu sempre trabalhei com criança no Brasil, vejo uma diferença muito grande entre uma criança que fala português como língua materna e outra que vem de uma família bilíngue : a maior diferença está no desafio de despertar nas crianças bilíngues o interesse pelo português. Trabalhar com o lúdico, com brincadeiras, é uma boa forma de fazê-las aprender e interagir por meio da língua de origem. Uma outra coisa importante é a descoberta, entre si, de outras crianças que vivem a mesma relação de bilinguismo com o português, porque a troca se torna mais prazerosa.    

Béata Sitarek Vasconcelos

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Co-fundadora do instituto,  meu crachá de encarregada pela coordenação na a’b escolinha foi colocado de forma bem natural. Bilingue precoce, como cheguei na França aos 3 anos de idade, eu aprendi as línguas através das minhas viagens e dos meus estudos em LEA na Sorbonne. Hoje sou poliglota e acho que essa riqueza linguística tenha  contribuído bastante para a definição da minha vida pessoal e profissional e para a forma de como enxergo o mundo.

Desde 2004, eu trabalho com projetos de associações ligados à educação, à cultura e à solidariedade internacional.  

Eu conheço bem a importância da transmissão da língua e da cultura, assim como o efeito disso sobre a formação da nossa identidade, nossa compreensão do mundo e do nosso sentimento de universalidade.  

Eu vivi essa experiência e analiso bem os obstáculos e as dificuldades com as quais podemos nos deparar, tanto do ponto vista da criança multicultural quanto dos pais.  

Mãe de duas crianças, essas temáticas me despertam bastante interesse,  pois três culturas coabitam na minha família (francesa, polonesa e brasileira).

O que mais me interessam são os métodos alternativos e a sua aplicação em favor do aprendizado de línguas.

Eu considero importante apoiar as famílias nesse caminho rico e encorajá-las da melhor forma a preservar esse patrimônio cultural e linguístico inestimável.

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